Jornalismo científico debatido em Luanda

21/10/2011 20:58

Jornalismo científico debatido em Luanda

 

O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia considerou na segunda-feira,na cidade de  Luanda, que a realização do seminário sobre jornalismo científico resulta do facto da instituição reconhecer a importância dos profissionais da comunicação enquanto formadores de opinião.
João Sebastião Teta falava na abertura do seminário dedicado ao Jornalismo Científico, que ontem terminou e que se enquadrou na agenda da II Conferência Nacional da Ciência e Tecnologia, que decorre hoje e amanhã.
O secretário de Estado da Ciência e Tecnologia alertou os jornalistas angolanos para a necessidade de a profissão ser exercida com rigor ético e deontológico, que são os principais alicerces da objectividade jornalística.
A função do jornalista, acrescentou, não se resume apenas ao papel de informar, mas também de formar os angolanos em questões relacionadas com a cidadania.
O Executivo, disse, tem envidado esforços no sentido de proporcionar aos jornalistas uma formação que lhes garanta uma visão mais abrangente. “Entendemos que os profissionais são um dos instrumentos primordiais no processo de reconstrução que o nosso país vive”, sublinhou João Teta, para quem o seminário é um veículo importante para a concretização do decreto presidencial que aprovou a Política Nacional de Ciência, Tecnológica e Inovação (PNCTI).
Entre outros objectivos, a Política Nacional de Ciência, Tecnológica e Inovação consagra a promoção e garantia da divulgação científica, que consiste em elevar o nível de conhecimentos científicos e tecnológicos da população, através da divulgação de informações sobre actividades e alcances científicos e técnicos, por intermédio dos meios de Comunicação Social. “A divulgação da ciência em Angola vai contribuir para convencer os centros decisores e as empresas públicas e privadas a aumentarem os seus investimentos na investigação e desenvolvimento”, afirmou, na abertura da acção formativa, realizada em parceria com a Universidade Independente de Angola.
O vice-reitor para os assuntos académicos da Universidade Independente de Angola, Filipe Zau, declarou ao Jornal de Angola que um jornalista bem formado desempenha melhor a sua função como interveniente social.
“O curso de Comunicação Social na nossa universidade é tratado com muita seriedade. Conseguimos introduzir a rádio escola e estúdio de televisão para dar apoio às aulas práticas”, sublinhou o vice-reitor para os assuntos académicos da Universidade Independente de Angola, Filipe Zau.
Na sua perspectiva, o jornalismo científico tem de aparecer na República de Angola, porque “as questões e os objectivos da ciência devem ser divulgados e difundidos da melhor forma”.
Viriato Soromenho Marques, professor de uma universidade portuguesa, afirmou na ocasião que o jornalista tem um papel importante na mediação crítica e está ligado a uma profissão tão nobre quanto a de cientista.
Viriato Marques, que foi um dos orientadores do seminário, abordou aspectos relacionados com os pontos de contacto, a diferença entre o trabalho do jornalista e do cientista, como devem chegar às fontes e que tratamentos devem dar às matérias.
“Ambos trabalham com a verdade e o público”, disse o professor universitário português, que aconselhou também os jornalistas a divulgarem mais o trabalho dos cientistas feitos na República de Angola e no resto do mundo. 

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