Álcool afecta mais a saúde humana que a cocaína e outro tipo de drogas

21/10/2011 21:08

Especialistas recomendam moderação no consumo de bebidas alcoólicas

 

Fotografia: Jornal de Angola

Os efeitos do consumo do álcool a curto prazo são conhecidos: ressacas, cansaço, cara fatigada. Mas, a longo prazo, a ingestão da substância está associada a vários problemas, como o cancro da mama e da boca, doenças cardíacas, derrames e cirrose hepática, entre outras.
Algumas pesquisas também associaram o consumo de álcool em doses elevadas a problemas de saúde mental, perda de memória e diminuição da fertilidade. Concluíram ainda que, ingerida com moderação, a substância pode ter um efeito benéfico, ajudando a proteger o coração ao elevar os índices do colesterol bom no organismo e impedir a formação de coágulos sanguíneos.
As mensagens são contraditórias, levando especialistas a recomendar que as autoridades sejam mais claras nas suas campanhas de concretização.
Não existe nível absolutamente seguro de consumo de álcool, dizem os especialistas, mas se quer beber, não exceda 21 unidades por semana para homens e 14 unidades por semana para mulheres.

Problemas cardíacos e cancro

 

A ingestão de mais de três copos de bebida alcoólica por dia prejudica o coração.
O consumo excessivo, especialmente a longo prazo, pode resultar em tensão alta, cardiomiopatia alcoólica, falência cardíaca e derrames, além de aumentar a circulação de gorduras no organismo. As associações entre o consumo de álcool e o cancro também são bastante conhecidas. Um estudo publicado no “British Medical Journal” no ano passado concluiu que o consumo de álcool provoca pelo menos 13 mil casos de cancro por ano na Grã-Bretanha, nove mil em homens e quatro mil em mulheres.
O efeito negativo do álcool para a saúde em geral pode estar associado a uma substância conhecida como acetaldeído – produto em que o álcool é transformado após ser digerido pelo organismo.
Essa substância é tóxica e várias experiências demonstraram que ela danifica o ADN. O cientista KJ Patel, que trabalha no laboratório de biologia molecular do Medical Research Council, na Grã-Bretanha, tem estudado os efeitos tóxicos do álcool. “Não há a ocorrência de uma célula cancerosa a não ser que o ADN seja alterado. Quando se bebe, o acetaldeído corrompe o ADN da vida e torna uma pessoa susceptível ao cancro”, explica o especialista
 Um relatório publicado recentemente na revista científica BMC (Bio Med Central) Innunology revelou que o álcool afecta a capacidade do organismo de combater infecções virais.
Estudos sobre fertilidade indicam que mesmo o consumo moderado da substância diminui a probabilidade de uma mulher conceber. Especialistas afirmam que o consumo exagerado de bebidas alcoolicas mata mis que outro tipo de drogas como a cocaína.

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